No ambiente de
negócios, construir um plano de ação de curto e longo prazo é indispensável
para continuar no mercado e ganhar competitividade. Em tempos de crise, o
planejamento torna-se crucial, principalmente quando o assunto é o pagamento de
impostos. Reavaliar os resultados do ano, e até mesmo o regime tributário
adotado pela empresa, pode resultar na redução de custos e incrementar o
faturamento em 2017, aponta a Federação Nacional das Empresas de Serviços
Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas
(Fenacon).
Segundo levantamento
anual realizado pela Receita Federal do Brasil (RFB) em parceria com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, a carga
tributária brasileira consumiu 32,66% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A
maior parte, pouco mais de 22%, era destinada ao governo federal, restando 8,3%
para os estados e 2,1% para os municípios. “Devido a esse alto valor, o
planejamento tributário é tão importante para a sobrevivência das empresas”,
avalia o presidente da Fenacon, Mario Berti.
A programação deve ser
feita anualmente, para definição do melhor regime, e revisada de forma constante,
para evitar o aumento da carga de impostos. “Um plano eficiente depende da
análise do setor de atuação da empresa, da opção tributária atual e das
perspectivas para o ano seguinte”, indica o diretor de Políticas Estratégicas
da entidade, João Aleixo Pereira.
Com essas informações
à mão e o apoio de um profissional contábil, o empresário consegue simular qual
a melhor opção tributária para 2017. “Dessa forma, com certeza será possível
reduzir custos tributários, pois o desconhecimento da complexa legislação pode
induzir a empresa a realizar uma opção equivocada, dentre as alternativas
possíveis. Isso sem falar nos reflexos em outros tributos”, completa Pereira.
O Simples Nacional, por exemplo, oferece condições
diferenciadas, mas nem sempre é vantajoso. “É preciso avaliar em qual regime o
valor final a ser pago fica menor. No Simples, o imposto é calculado em cima do
faturamento total, portanto, empresas que arrecadam mais, mesmo que tenham
gastos mais altos, tendem a pagar mais. O cálculo do Lucro Real toma
por base o resultado operacional, ou seja, a alíquota incide sobre o lucro
líquido, já com a dedução do custo dos produtos e serviços oferecidos”, explica
Pereira.
Datas
Segundo os
especialistas, o mais indicado é iniciar o planejamento tributário nos últimos
meses do ano e concluí-lo até janeiro, quando termina o prazo para ingresso no Simples Nacional. Para o Lucro Real ou
Presumido, a opção é feita com o pagamento do primeiro Documento de Arrecadação
de Receitas Federais (DARF) referente
ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ,
que pode ocorrer até o último dia útil de fevereiro para as empresas que optam
pela apuração mensal, ou até o último dia útil de abril, para aquelas que
preferirem a apuração trimestral.
Fonte: Contabilidade na TV
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